O Agrupamento de Escolas D. Sancho I teve o privilégio de receber o escritor Francisco Moita Flores, numa manhã que se revestiu de encanto e reflexão. Durante uma hora, o autor partilhou com os alunos as suas vivências, não apenas como inspetor da Polícia Judiciária ou autarca, mas, acima de tudo, como criador de mundos literários.
Com a alma generosa e a voz pausada, Moita Flores conduziu-nos pelos meandros da sua experiência, desvendando o turbilhão interior que acompanha o processo criativo. Falou-nos das dores do bloqueio, da luta silenciosa para dar vida à palavra e, mais comovente ainda, da angústia que sente ao pôr fim à existência de um herói nas suas novelas. Contudo, foi no amor profundo por cada personagem que habita os seus romances, novelas e guiões que ele encontrou o verdadeiro sentido da escrita: um abraço constante à vida, com todas as suas fragilidades e gloriosas vitórias.
Mas, acima de tudo, o autor deixou-nos uma mensagem que ecoou nas mentes e corações dos jovens presentes: a busca incessante pela felicidade deve ser o farol que guia a nossa jornada. E, como se de uma chama simbólica se tratasse, o conhecimento que se adquire nos livros – sejam eles quais forem – é a tocha que ilumina o nosso caminho.
Hoje, não saímos apenas com palavras, mas com um pedaço da sabedoria que transcende o tempo, e com a certeza de que os livros têm o poder de nos conduzir ao mais precioso dos destinos: o autoconhecimento e a verdadeira felicidade.