No passado dia 26 de outubro, as turmas 11.09, de Ciências Socioeconómicas, e 11.10, de Línguas e Humanidades, realizaram uma visita de estudo ao Alto Douro e Trás-os-Montes, no âmbito da disciplina de Geografia, tendo como principal objetivo observar diferenças territoriais entre o litoral e o interior. O Museu do Douro, na cidade da Régua, foi a primeira visita do dia. O guia explicou a geografia do Douro vinhateiro. Entre outros aspetos, destacou a importância da ordem de Cister e dos seus mosteiros no desenvolvimento agrícola e vinícola, fundando grandes quintas nas melhores terras. Foi a partir do século XVII que o Douro vinhateiro se projetou a partir do Porto, beneficiando das relações comerciais privilegiadas com o norte da Europa. O negócio de vinhos do Douro foi progressivamente aumentando, assumindo posição destacada na economia de Portugal. Tudo isto graças ao microclima duriense, ao xisto, ao rio e ao esforço humano secular que transformou vertentes incultas numa paisagem única de socalcos que foi classificada Património da Humanidade e onde se produz o vinho mais famoso do mundo. Depois do vale do Douro, observámos as hortas do vale da Vilariça, a barragem do Baixo Sabor, e visitámos a Quinta de Vila Maior, em Torre de Moncorvo, dedicando-se à produção de vinhos. Percorremos parte dos 80 hectares desta quinta, e visitámos o local onde se pisam as uvas e a sala onde se encontram as pipas de vinho mais antigas e as mais recentes, descobrindo a conjugação do conhecimento ancestral com as técnicas mais avançadas da enologia. Depois do vale do Sabor, percorremos o planalto mirandês e deslocámo-nos para Miranda do Douro, onde fomos visitar o Museu da Terra de Miranda, onde ouvimos falar Mirandês, e descobrimos costumes, tradições e apetrechos domésticos tradicionais locais. Seguiu-se uma visita à Catedral de Miranda de Douro, destacando-se a figura do Menino Jesus da Cartolinha, que, segundo a lenda, ajudou o povo mirandês a derrotar os castelhanos. Do miradouro da Catedral, ficámos deslumbrados com o desfiladeiro imponente do Douro Internacional, e recordámos as aulas da rede hidrográfica deste rio. Durante a visita de estudo, houve sempre momentos de diversão, socialização e partilha, e o almoço não foi exceção, concretizado numa magnífica e envolvente paisagem, junto à foz do rio Sabor, em plena harmonia com a natureza. Esta visita de estudo proporcionou uma experiência muito positiva, em ambiente francamente agradável, tendo-se estabelecido uma relação muito próxima entre professores e alunos, permitindo confraternizar e realizar aprendizagens significativas.