O programa europeu de mobilidade ERASMUS deve o seu nome a um dos maiores humanistas do século XV, também ele um itinerante por natureza. Erasmo de Roterdão (1466 – Basileia, 1536) foi um teólogo e escritor holandês que sonhava com uma Europa unida e com uma língua comum aproximando todas as pessoas, daí ter sido aclamado "Príncipe do Humanismo". Apesar da designação pela qual é conhecido se referir à cidade onde nasceu, viveu poucos anos em Roterdão. Com efeito, teve uma vida errante dedicada ao estudo, à lecionação e à escrita. Passou, entre muitos outros locais, pela Universidade da Sorbone – Paris, Universidade de Oxford, Universidade de Bolonha e Universidade de Louvain, na Bélgica. Esteve em Veneza, onde se relacionou com cardeais e com o Papa Júlio II. Também viveu em Londres, hospedado na casa de Thomas More, um dos seus melhores amigos. Em poucos dias escreveu o ensaio satírico “Elogio da Loucura”, um dos mais influentes livros da civilização ocidental e um dos catalisadores da Reforma Protestante. No âmbito do Projeto AVE PLUS, promovido pela Comunidade Intermunicipal do Ave em consórcio com outras escolas da Região do Ave e cofinanciado pelo Programa ERASMUS + 2014-2020, o segundo fluxo de mobilidade já iniciou o seu percurso pela Europa. Neste sentido, sete alunos finalistas dos cursos profissionais do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco estão a participar, desde 19 de março, no projeto ERASMUS +, realizando estágios em empresas internacionais na sua área de formação durante três meses. A Ana Gonçalves, de Design de Moda, o João Silva, de Design Gráfico, a Vera Miranda, de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, a Valentyna Deyneka, de Processamento e Controlo da Qualidade Alimentar e o Rúben Pereira, de Restauração (Cozinha/Pastelaria) estão em Nicotera – Itália, enquanto o Nuno Loureiro e o Paulo Loureiro, de Audiovisuais, estão em Salamanca – Espanha. Através da participação neste projeto, os alunos do ensino profissional terão a oportunidade de estagiar em outros países da Europa, permitindo-lhes consolidar conhecimentos, adquirir novas competências e tornar-se mais competitivos no acesso ao mercado de trabalho. Aprenderão, ou aperfeiçoarão, outras línguas, novas formas de comunicar e competências de relacionamento com outras culturas e tenderão a reconhecer a Europa como um espaço comum a todos os europeus.