A convite da YUPI e do Agrupamento Escolas de Gondifelos, a Associação Tartaruga Falante dinamizou encontros semanais que ocorreram durante pouco mais de um mês com a turma do 7º 2. De exercícios simples de dinâmica de grupos, entramos em questões mais complexas, como por exemplo: “O que é o Poder?”, “Onde e como está estruturado?” “O que é a Opressão?”; “Quais os problemas que nos afetam?”, “Estarei a vivê-los sozinho/a?”; “Como posso agir sobre esses problemas?” e “Onde posso procurar ajuda?” Procuramos responder a estas e outras perguntas durante as sessões através do jogo, que também traz riso e revelações. Ao longo das sessões e do tempo do encontro, fizemos desenhos, poesia e debatemos temas. O tema da identidade de género e da orientação sexual tornou-se o centro dos debates, integrado na amplitude da abertura à diversidade. Decidimos aproveitar o dia 17 de maio “Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia”, para apresentar “Problemas do dia-a-dia”, o título escolhido para o primeiro retalho, em formato de “peça”, que serviu de atilho a uma discussão alargada. Surgiu um espaço onde estudantes do 9º3 e do 7º4 que vieram assistir, puderam inverter a representação da homofobia e da bifobia num “ensaio” de novas formas de agir no meio de um corredor da escola com os/as colegas, ou no seio familiar. Ensaiou-se o que cada um de nós pode fazer em situações de violência ou bullying homofóbico/transfóbico/bifóbico: qual a nossa responsabilidade em mudar mentalidades? Temos de sofrer a opressão para agir ou podemos ser aliados/as dos/das que a sofrem, construindo outras formas de nos relacionar uns com os/as outros/as, que respeitem a diferença?