A interrupção da Páscoa foi antecipada duas semanas por motivos alheios à nossa vontade. Conscientemente reconhecíamos ser o melhor, evitando que a doença do coronavírus (COVID-19) nos surpreendesse. Mas a educação é um direito e como tal estabeleceram-se contactos por telefone e logo de seguida através da conta de correio institucional de cada aluno, (alguma novidade nas vidas de muitos dos nossos alunos de tenra idade). Daí a pouco os encontros por videoconferência. Pensávamos regressar à escola novamente no início do 3º período. Mas a pandemia continuava e as autoridades de saúde ditavam confinamento. E os contactos regulares, à distância, entre alunos e professores continuaram. Mas… falta algo importante. É que o ser humano é fruto das relações sociais. E então os alunos começaram a manifestar essas carências… Questionei-me: “Perdi a turma?”, “Onde está a minha turma?” Num dia dessa semana as aulas foram diferentes e houve um horário para raparigas e outro para rapazes. Falei com eles com a sabedoria dos meus cabelos brancos, que a pandemia não deixa disfarçar. Verbalizei que não estavam de castigo nem da família, muito menos da escola ou professores. Estamos todos na mesma situação com uma finalidade e teremos sucesso enquanto seguirmos as medidas que as autoridades de saúde nos recomendam. Foram palavras de aconchego, de ânimo, … E encontrei novamente a turma, a quase totalidade da turma, como tinha na escola. E a prova está nos trabalhos que enviam. Agora… tento agarrá-la até ao fim. (Mª Lúcia Meira)