AEG com experiência fantástica no Parlamento Jovem Nacional
20 / abr / 2018
Foi fantástica a experiência das duas deputadas, Margarida Rodrigues e Lara araújo e do jornalista Afonso Ribeiro, do AEG, que integraram a representação do Distrito de Braga na sessão nacional do Parlamento Jovem do ensino básico! Após a fase de debate nas escolas sobre o tema “Igualdade de género: um debate para tod@s”, e na sequência de um processo eleitoral que mobilizou 462 escolas e mais de 97.600 alunos/as, foram eleitos/as 1458 deputados/as às sessões distritais e regionais, que decorreram entre 19 de fevereiro e 13 de março. A Sessão Nacional representa assim o culminar do trabalho desenvolvido ao longo do ano letivo e foi organizada em dois dias: o primeiro destinado às reuniões das Comissões, para debate na generalidade e na especificidade dos projetos de recomendação aprovados nos círculos eleitorais; e o segundo dedicado à Sessão Plenária, com a participação de 132 jovens deputados/as que, após um período de perguntas aos/as deputadas de todos os Grupos Parlamentares, debateram e construíram e votaram por uma Recomendação à assembleia da República sobre o tema. Entretanto, mais 62 alunos jornalistas não paravam de andar de um lado para o outro para não perderem pitada do trabalho de acesa discussão e das atividades que iam decorrendo. Momento alto foi o das questões aos Deputados da Assembleia da República, que foram confrontados pelos alunos com perguntas relativas ao tema em análise (igualdade salarial, paridade na ocupação de cargos públicos, igualdade no seio familiar, defesa do transgénero, entre outras) mas também sobre assuntos da atualidade social (são exemplos a imunidade dos deputados, a falta de condições de funcionamento de muitas escolas, o despovoamento do interior do país e a falta de rigor e correção do sistema financeiro). Os eventos culturais, as vistas guiadas à casa da democracia e as oportunidades de socialização com outros colegas de todo o país, desde Bragança até Faro, das regiões autónomas e de escolas portuguesas da europa (Reino Unido) e de fora da europa (Timor), foram também momentos marcantes da atividade. Como resultado final ficou uma moção de recomendação à Assembleia da República que defende: a sensibilização da população para o combate ao estereótipo de género; a inclusão da reflexão e promoção dos princípios da igualdade de género a partir da inclusão no currículo escolar; a harmonização de responsabilidades de homens e mulheres no que respeita ao trabalho e à família; a punição dos que adotam desigualdade salarial entre géneros; a igualdade de medidas para o estudo e tratamento do câncro da próstata e do HPV; aumento das licenças de maternidade e paternidade para 9 meses; a substituição do modelo de cotas por critérios baseados nas competências individuais para a seleção dos elementos a integrar as listas para eleições democráticas; e o fim da diferença de prazos internupciais para homens e mulheres em caso de viuvez ou divórcio. Para a memória dos participantes fica uma experiência fantástica de saudável reflexão, debate e construção democrática de pensamento sobre o funcionamento da sociedade em que vivemos, assente na possibilidade de emissão de opinião, no respeito pelas ideias diferentes, pela tolerância e pela vontade da maioria.