A celebração do Dia Mundial da Rádio 2023, associado às celebrações oficiais da UNESCO com o tema “O Rádio e a Paz”, decorreu, mais uma vez, no âmbito do Clube Europeu e Escola Embaixadora do Parlamento Europeu do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco. O evento contou com a organização da embaixadora Beatriz Fragoso, a mais jovem radioamadora a ser licenciada pela ANACOM, e do seu Encarregado de Educação, Filipe Fragoso, tendo contado com a participação de Marta Isabel Marques, profissional de informação, João Cadete de Matos, Presidente da ANACOM, José Roquette, economista, Luís Roque Pedro, Diretor da ANACOM Porto e João Porto, Coordenador na Rádio Renascença. Foi salientada a importância da rádio, enquanto meio de comunicação extraordinariamente rico, com uma narrativa singular e para muitos, fascinante. A compreensão da Rádio não pode dissociar-se do país e da sua História, no contexto do desenvolvimento económico, cultural e social, numa observação que se deve desenvolver a partir das estruturas que desenham a operacionalidade deste meio. O desafio das novas tecnologias tem sido um fator de renovação para a rádio que, ao longo dos últimos anos, se tem vindo a reinventar, quer ao nível da produção, dos conteúdos e das formas de receção das emissões. Foi feita uma abordagem histórica e evolutiva deste meio de comunicação, em Portugal, concluindo-se ser indiscutível a rádio como elemento promotor de paz. Como parte de um esforço mundial para apoiar a construção da paz, as Nações Unidas estabeleceram redes de rádio em áreas afetadas por conflitos em todo o mundo para garantir que as populações locais tenham acesso a uma fonte de informação segura e confiável. Essas estações operam como parte das missões de paz da ONU, incluindo a Rádio Miraya, no Sudão do Sul; a Rádio Okapi, na República Democrática do Congo (RDC); a Guira FM, na República Centro-Africana; e a Rádio Mikado, no Mali. Estações de rádio semelhantes também foram implementadas em operações de paz anteriores em partes da Europa, da Ásia e do Médio Oriente. As redes de rádio fornecem uma plataforma valiosa para o diálogo interativo entre diversas comunidades e partes envolvidas nos conflitos e, fundamentalmente, um espaço seguro para pessoas que muitas vezes não têm voz para se expressar. Além disso, as estações oferecem educação cívica em apoio aos processos democráticos, incluindo eleições pós-conflito. As intervenções dos convidados abrilhantaram o evento, apresentando factos e enquadramentos históricos, dando informação sobre transmissões da rádio vaticano, a importância da Rádio e comunicações militares para a paz, entre outras iniciativas pelo mundo. Cumpriu-se a tradição, pelo terceiro ano consecutivo. No dia 13 de fevereiro, dia também do aniversário da Beatriz Fragoso, a embaixadora ‘desembrulha’ este evento, com a facilidade que já tão bem lhe reconhecemos.